29 março 2013

Lembranças.



  A janela está próxima de mim agora, a chuva lá fora não é nem um pouco calma e é como se estivesse refletindo o meu interior, uma chuva de lembranças e sentimentos que estão sendo jogadas de cima pra ir parar em uma valeta sem qualquer fim lucrativo. As gotas molham meus dedos, as lágrimas se aglomeram em meu rosto, mas ainda resistem em escorrer pela face. Eu estou conversando com ela, dizendo adeus. Esses momentos de despedida me deixam nostálgica, lembro-me de cada sol que nascia quando ela me olhava, dos abraços apertados e sem medidas e das despedidas que mais pareciam despedaçar meu coração. Mais agora parou de chover, e eu continuo na janela esperando o sol que eu não sei se ainda nascerá hoje e então às lágrimas escorrem e juntos com elas mais lembranças, lembro-me de cada noite de amor, de cada esperança perdida, de cada saudade. Lembro-me também de cada beijo, cada aperto, da minha metade. Vejo agora indícios de que o sol está nascendo, a despedida já acabou e eu ando bem agora, a água sem fim lucrativo vai continuar seu ciclo, eu aprendi a lição, ela tem que continuar. O horizonte se torna cada vez mais azul, as lembranças incomodam cada vez menos; e as minhas lagrimas, essas estão cada vez mais secas.


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